REFLEXÃO SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Meu primeiro contato com a Educação a Distância se deu como aluno de uma especialização da própria instituição Anhanguera, através das famosas WebQuests, quando, após as aulas presenciais, ainda tínhamos uma quota de pesquisas a desenvolver abordando o tema de cada disciplina.

Posteriormente, trabalhando como Professor-Tutor a Distância da Universidade Anhanguera-Uniderp pude conhecer e me aprofundar mais no tema, em virtude das capacitações que participamos constantemente.

Apesar de suas origens serem distantes e já ser utilizada no Brasil há algumas décadas, a Educação a Distância ainda é alvo de muita desconfiança e principalmente preconceito. Há a crença de quem frequenta um curso a distância saia menos preparado para enfrentar o mercado de trabalho. Nenhum diplona de faculdade enaltece se o curso é presencial ou não.

Mesmo com todo esse ceticismo dos críticos e desinformação da maioria, os números da Educação a Distância têm trazido certo positivismo. A demanda de alunos vem crescendo substancialmente desde os anos 2000, bem como o desempenho dos alunos têm se mostrado modestamente superior quando comparados aos alunos provindos dos cursos presenciais.

Há ainda muito presente o comodismo dos alunos no sistema tradicional de educação, centrado principalmente no professor e restrito ao ensino em sala de aula. A mudança de paradigma necessária orienta mais o foco na aprendizagem autônoma do aluno e sua proatividade, tendo o professor como um orientador dos passos a seguir.

Pelas facilidades que as mídias digitais proporcionam, disponibilidade de estudar a qualquer hora e em qualquer lugar, é cada vez mais transparente que a Educação a Distância torna-se um importante instrumento para aprender ao longo da vida e para a formação continuada e aceleração profissional, excelente ferramenta para quem precisa conciliar estudo e trabalho. A qualidade do ensino não é inferior. Os benefícios são claros. É o futuro e o caminho para a universalização da Educação em nosso País.

Quais características fazem um bom curso a distância e presencial?

Hoje estive lendo alguns artigos do Professor José Moran em mais uma capacitação e realmente eles vêm de encontro com as mudanças de paradigmas que são tema deste blog.

 De acordo com o Professor Moran, em sua essência, os cursos presenciais e distância possuem os mesmos ingredientes, nos quais descrevo abaixo:

1º) Precisamos ter educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.

2º) Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador.

3º) depende também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro, que contribuam para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e
comunicação.

4º) depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem, de ter uma boa infra-estrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas... A aprendizagem não se faz só na sala de aula, mas nos inúmeros espaços de encontro, de pesquisa e produção que as grandes instituições propiciam aos seus professores e alunos.

Este texto mostra claramente que o capital humano é o que faz a diferença na relação ENSINO vrs APRENDIZAGEM, seja ele presencial ou a distância. Com a enorme gama de recursos tecnológicos que temos a disposição, acho que trata-se da única forma de universalizarmos a educação dentro do nosso país.

Reportagem sobre Educação a Distância - Jornal Nacional

EAD VERSUS PRESENCIAL

Em um estudo e comparação literário realizado entre 1996 e 2008, foi comprovado que, em média, os alunos dos cursos EaD (ou on-line), tiveram desempenho modestamente superior quando comparados com os alunos dos cursos presenciais.

Este estudo só vem comprovar que, independentemente da modalidade de ensino, há a necessidade da mudança da visão por parte dos alunos, quando estes devem ser donos do seu caminho a seguir e mostrar próatividade na relação ensino x aprendizagem.

Educação a Distância: Conceito Básico e Evolução

Denomina-se Educação a Distância – EaD, a modalidade de ensino que tem como característica principal uma separação temporal e espacial entre professores e alunos. Conhecida desde o século XIX, a Educação a Distância surgiu da necessidade de preparo e qualificação de pessoas que não podem frequentar um estabelecimento de ensino presencial.

A evolução da EaD pode ser descrita em três gerações, conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada época:

PRIMEIRA GERAÇÃO: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por exemplo, o pioneiro no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939, ofereceu o primeiro curso por correspondência, de Radiotécnico. Em seguida, temos o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de 60 anos nesta modalidade educativa, no país…

SEGUNDA GERAÇÃO: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período. Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o Projeto Minerva, no Brasil;

TERCEIRA GERAÇÃO: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazernadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns de discussão, correio eletrônico, blogues, espaços wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos e tutores.

Fonte: Wikipedia